De acordo com projeto, a Nova Ferroeste ligará por trilhos Paranaguá, no litoral do Paraná, a Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Até 27 de maio serão realizadas sete audiências públicas para apresentação dos estudos de impactos ambientais da construção.
Entre 18 e 27 de maio, serão realizadas no Paraná sete audiências públicas para apresentação dos estudos de impactos ambientais da construção da Nova Ferroeste.
A obra prevê a ligação por trilhos de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu que permitirá a captação de carga do Paraguai e da Argentina.
Segundo a Ferroeste, a nova ferrovia vai passar por 49 cidade, sendo oito no Mato Grosso do Sul e 41 no Paraná.
Confira os detalhes da obra.
Como vai funcionar?
De acordo com o projeto, a Nova Ferroeste vai ligar por trilhos Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Também há previsão da construção de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu que vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina.
Serão 1,3 mil quilômetros de trilhos, e a nova ferrovia vai passar por 49 cidades.
O objetivo da obra, segundo a Ferroeste, é escoar a produção de Mato Grosso do Sul por trens até o Porto de Paranaguá.
O custo total da obra é estimado em R$ 29,4 bilhões. — Foto:
Quanto vai custar e como será a exploração?
O custo total da obra é estimado em R$ 29,4 bilhões. O empreendimento da nova Ferroeste deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo trimestre de 2022, de acordo com o governo do Paraná. Ainda não há data para o início dos trabalhos.
O vencedor do leilão poderá executar a obra e explorar o trecho por 70 anos.
Os estudos de viabilidade, conforme governo do estado, apontam a circulação de cerca de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres refrigerados no primeiro ano de operação.
Como é atualmente?
Série Novos Trilhos mostra como é o transporte entre a região oeste e o Porto de Paranaguá
Construída entre 1880 e 1885, a atual Ferroeste parte de Cascavel e vai até Paranaguá.
Estudos sobre o projeto para a construção da Nova Ferroeste, detalhado pelo Governo do Paraná, afirmam que com a ferrovia atual, um trem carregado com grãos ou proteína animal leva cinco dias para percorrer 600 quilômetros entre a região Oeste e o Porto de Paranaguá.
Hoje, os trens andam em uma média de velocidade que varia entre 15 e 30 km/h e podem ter até 80 vagões.
Além disso o custo de transporte fica em torno de R$ 0,33 por km/tonelada.
O que muda?
De acordo com a pesquisa, com a nova ferrovia, a promessa é diminuir essa viagem para 20 horas e baratear os custos com transporte.
Com a nova infraestrutura os trens poderão andar a uma média de 80 km/h e carregar até 160 vagões.
Quais as cidades onde passará a Nova Ferroeste?
- Maracaju MS
- Itaporã MS
- Dourados MS
- Caarapó MS
- Amambai MS
- Iguatemi MS
- Eldorado MS
- Mundo Novo MS
- Goioxim PR
- Candói PR
- Cantagalo PR
- Marquinho PR
- Laranjeiras do Sul PR
- Nova Laranjeiras PR
- Guaraniaçu PR
- Campo Bonito PR
- Guaíra PR
- Guarapuava PR
- Terra Roxa PR
- Inácio Martins PR
- Nova Santa Rosa
- Irati PR
- Maripá PR
- Fernandes Pinheiro PR
- Assis Chateaubriand PR
- São João do Triunfo PR
- Toledo PR
- Palmeira PR
- Tupassi PR
- Porto Amazonas PR
- Cascavel PR
- Balsa Nova PR
- Santa Terezinha de Itaipu PR
- Lapa PR
- São Miguel do Iguaçu PR
- Contenda PR
- Medianeira PR
- Araucária PR
- Matelândia PR
- Mandirituba PR
- Vera Cruz do Oeste PR
- Fazenda Rio Grande PR
- Céu Azul PR
- São José dos Pinhais PR
- Santa Tereza do Oeste PR
- Morretes PR
- Catanduvas PR
- Paranaguá PR
- Ibema PR
Como participar das audiências públicas?
Os encontros serão presenciais e virtuais, com possibilidade de acompanhamento a distância via site lançado pelo do Governo do Estado exclusivamente para as audiências.
Em Guaíra, Cascavel, Paranaguá, São José dos Pinhais, Guarapuava e Irati será possível acompanhar as reuniões presencialmente.
Dinheiro da compensação ambiental pode ser destinado a regularização de reservas legais, recuperação de áreas degradadas, entre outros. — Foto: Ferroeste / Divulgação
Os impactos ambientais da obra
O estudo apresentado, segundo o governo, foi conduzido por uma equipe multidisciplinar com 150 pessoas da Fipe, responsável pela coleta e análise dos dados. O relatório tem dados referentes a ruído, formação das cavernas e vida animal na extensão do futuro.
Conforme o governo, a legislação prevê entre 0,1% e 0,5% do valor total do empreendimento para Unidades de Conservação interceptadas e influenciadas pela obra. O valor gira em torno de R$ 143 milhões em compensações ambientais.
Ainda conforme detalhamento, o dinheiro da compensação ambiental pode ser destinado a regularização de reservas legais, recuperação de áreas degradadas, ou no desenvolvimento de Planos de Manejos e Zoneamentos Ecológicos-Econômicos.
Também pode haver destinação de parte dos valores para apoio a pesquisas acadêmicas e implantação de programas de educação ambiental e turismo ecológico para a formação de mão de obra para potencializar a área, além da promoção das culturas dos povos tradicionais do Litoral.
Via: G1.globo