Foi criado grupo de trabalho de representantes do Município com autoridades de Ciudad del Este e Alto Paraná; Secretaria Municipal de Saúde redobra a atenção diante do anúncio de nova variante no mundo.

Nesta quinta-feira (9), a secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Rosa Maria Jeronymo, se reuniu com as autoridades de Saúde do Alto Paraná e Ciudad del Este, juntamente com o diretor municipal de Assuntos Internacionais, Jihad Abu Ali, para planejar estratégias de enfrentamento à nova variante do coronavírus – Ômicron.

Nos próximos dias, será criado um em vigilância envolvendo Foz e a região de Alto Paraná para pensar estratégias de cuidados para a fronteira, com o objetivo de formatar as ações futuras e trocar informações relacionadas ao tema.

O grupo vem ao encontro do Acordo de Localidades Fronteiriças Vinculadas do Mercosul, que busca facilitar, integrar e dar trato diferenciado às cidades de fronteira como Foz e Ciudad Del Este, em diversos temas prioritários, sendo um deles a saúde pública.

A iniciativa considerou a plena retomada da economia, reabertura de eventos e espaços públicos, e a condição geográfica, diante do anúncio de uma nova cepa do coronavírus no mundo.  

“O momento exige cautela e ações sincronizadas entre as cidades fronteiriças”, explica a secretária, salientando que cerca de 100 mil pessoas circulam diariamente pela Ponte Internacional da Amizade. “A vacinação é a principal estratégia para proteger a população e a nossa economia”, pontua. “Não voltaremos ao passado, quando perdemos empregos, renda e vidas. A economia precisa girar e a vacina é uma política pública eficaz, imprescindível em nosso território de fronteira”.

Cooperação

O diálogo entre os governos de Foz do Iguaçu e paraguaio foi fundamental para a proteção dessa população flutuante, durante toda a pandemia, quando a necessidade de cooperação ficou mais evidente.

O trabalho dos municípios possibilitou a diminuição dos casos de Sars-Cov-2, por meio de protocolos conjuntos de prevenção, campanhas de vacinação e de testagem em massa na Ponte da Amizade. Foz do Iguaçu foi um dos municípios brasileiros de fronteira que receberam lotes de vacina extra e possibilitaram a melhora da pandemia na região.

Para Rolando Segovia-Páez, assessor político internacional de Alto Paraná, “o cenário de Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este é de interdependência econômica, social e de saúde, por isso necessitamos cooperar ainda mais se quisermos continuar gerando emprego e mantendo nossas fronteiras abertas”.

Jorge Allende, secretário de Saúde de Alto Paraná, ao felicitar Foz do Iguaçu por estar com 100% da população adulta vacinada com a primeira dose, destaca que “a área da saúde é sensível, por isso necessitamos intercambiar informações e ter uma coordenação conjunta, como cidades gêmeas, para melhorar esse cenário e evitar o pior”.

Vacinação de estrangeiros

Ainda dentro do contexto de cooperação, a Secretaria Municipal de Saúde está vacinando estrangeiros, incluindo os do país vizinho. A Unidade Básica de Saúde do Jardim Jupira se tornou referência para qualquer pessoa de origem estrangeira que não tenha tomado a vacina ou completado o ciclo de imunização.

Para receber o imunizante, basta procurar a UBS que fica próxima à Ponte Internacional de Amizade portando documento de identificação. A vacina é aplicada sem burocracia e a pessoa sai com a carteirinha de vacinação nas mãos.

Relações internacionais

No encerramento do encontro, a secretária de Saúde entregou uma carta de congratulação para a Diretora de Relações Internacionais de Ciudad del Este, Lilian Matiauda, pela criação da Diretoria de Relações Internacionais na cidade gêmea de Foz do Iguaçu. A diretora relatou que “a criação da Diretoria de Relações Internacionais é fruto das intensas relações fronteiriças que temos com Foz, por isso é importante nos unirmos em pautas como essa”, finalizou.