Apontamento é do anuário Cidades Mais Seguras do Brasil, conforme dados do IBGE e do Ministério da Saúde

Foz do Iguaçu teve em 2022 o menor número de homicídios entre os médios e grandes municípios do Paraná, mostra o Ranking das Cidades Mais Seguras organizado com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Ministério da Saúde.

Neste cruzamento, Foz registrou entre primeiro de janeiro e 31 de outubro, 78 casos – uma média de 14.3 para cada grupo de 100 mil habitantes. Maringá com 15.0 e Arapongas com 13.1 completam a lista das três cidades mais seguras do Estado. Há exatos 10 anos, a cidade figurava na 123ª colocação no ranking das 300 cidades mais perigosas do país, de acordo com dados do “Mapa da Violência 2013 – Homicídios e Juventude no Brasil”.

A queda nos casos, segundo o prefeito Chico Brasileiro, é uma boa notícia para Foz do Iguaçu. “As atividades econômicas da cidade são muito vinculadas a toda cadeia que envolve o turismo, os atrativos, hotéis, restaurantes e bares, o comércio e esta informação se revela positiva por mostrar aos visitantes que aqui este é um destino que oferece tranquilidade, graças à ação de todos os órgãos de segurança pública”, ressaltou.

“A integração entre as forças de segurança e melhorias na iluminação pública são algumas de nossas frentes de atuação para promover maior segurança aos cidadãos e, consequentemente, maior qualidade de vida”, complementou o prefeito.

De acordo com o ranking, entre as 10 cidades, estão Cambé (18.7), Colombo (19.7), Umuarama (20.9), Cascavel (22.1), Guarapuava (22.6), Londrina (22.8) e Apucarana (23.1). A análise classificou os casos CID-19, que é o padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Integração

O secretário municipal de Segurança Pública, tenente-coronel Marco Antonio Jahnke, disse que é importante destacar a integração das forças policiais na execução das tarefas, no serviço de inteligência, nas missões e nas operações realizadas em conjunto. “Todas as instituições têm se esmerado muito, cada uma dentro das sua esfera de atribuição. Mas, com certeza, esta integração é que possibilitou este resultado”.

“Estamos ainda longe de um ideal, poderemos baixar ainda mais, mas estamos integrados, trabalhando com esta finalidade”, afirmou. O secretário cumprimentou as forças de segurança pública integradas e lembrou que, há algum tempo atrás, Foz do Iguaçu era primeira do ranking, “mas pelo maior índice de assassinatos”, destacou.

Em um recorte da estatística da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, disponível em seu site, é possível traçar uma curva dos índices registrados nos últimos noves anos em Foz do Iguaçu. A média de casos nos anos iniciais do histórico é superior aos atuais. Em 2014, por exemplo, de primeiro de janeiro a 31 de dezembro, foram contabilizados 90 homicídios quando há a intenção de matar – média de 7,5 casos por mês.

A situação ficou mais crítica em 2015, quando o município registrou 93 assassinatos (média mensal de 7,75) e chegou ao ápice no ano de 2016, com 98 mortes violentas – média próxima de oito casos por mês.

Foz segura

“Hoje situação se inverteu completamente e estamos como a primeira no estado, mas como cidade mais segura do Paraná”, ressaltou Jahnke.

Ele lembrou que, segundo a Secretaria Estadual de Segurança, em 2021 o município registrou o menor índice de homicídio dos últimos nove anos, com 63 casos (5,2 ao mês).

A curva dos homicídios em Foz do Iguaçu, conforme ressaltou o secretário, começou a dar sinais de queda a partir de 2017, primeiro ano da atual administração municipal, quando foram registrados 73 casos – média de 6,0 por mês.

“Parabéns a todos os envolvidos com a segurança pública e que isto possa fomentar ainda mais o turismo e a visitação de pessoas de outras regiões do Brasil e outros países, que vão ver que estamos numa cidade segura”, disse.