Apresentação integra a programação especial da Mostra Paranaense de Dança 2023
A companhia de dança Balé Teatro Guaíra é protagonista de um grande movimento de democratização das artes no mês de maio, que chega a Foz do Iguaçu no próximo domingo (14), com apoio da Fundação Cultural.
Para quem nunca acompanhou um espetáculo do grupo, esta é a chance de assistir a duas coreografias do repertório, em diversas cidades do Paraná, como parte da programação especial da 14ª edição da Mostra Paranaense de Dança: “Piá”, de Alex Soares e “V.I.C.A., de Liliane de Grammont”.
A apresentação será no Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR) e é gratuita, mas as vagas já esgotaram. O horário de embarque no Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu (CRV) será das 16h30 às 17h30.
“A importância do Balé Teatro Guaíra percorrer os municípios é a troca, o intercâmbio cultural entre as diferentes regiões, e ainda despertar o interesse pela arte e a cultura entre todas as idades”, comemora o diretor artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra, Áldice Lopes.
As primeiras cidades a receber a companhia foram Ponta Grossa e Guarapuava, na semana passada. Neste fim de semana, os bailarinos se apresentam em Campo Mourão (12) e Foz do Iguaçu (14).
Na sequência, será a vez de Toledo (dia 19, mais seletivas); Dois Vizinhos (21); Apucarana (dia 26, mais seletivas) e Arapongas (dia 28) sediar as apresentações. Todas também ofertadas gratuitamente.
Sobre os espetáculos
“V.I.C.A” – O acrônimo que dá título à peça do Balé Teatro Guaíra – V.I.C.A. – significa Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade, características do mundo pós-moderno e exacerbadas com a pandemia de Covid-19. Como viver nesse contexto? “V.I.C.A.” nos faz questionar o que queremos daqui para frente e nos propõe refletir sobre a humanidade no tempo presente. Em meio a um mundo confuso, saído de uma pandemia, a coreógrafa Lili de Grammont e o Balé Teatro Guaíra nos revelam que a Arte pode ser uma estratégia porque nos conecta de uma maneira única.
“PIÁ” – Um dos traços que mais define o brasileiro é a mestiçagem. Brasileiros podem ter qualquer aparência, podem pertencer a qualquer etnia e, com frequência, são confundidos com outras nacionalidades quando estão no exterior. Piá, por definição são os filhos de etnia indígena ou mestiços de brancos com índios, mas só em Curitiba as pessoas chamam-se carinhosamente, umas às outras, de “piá”. Nenhuma outra cidade do Brasil adotou o termo, que não se trata de uma gíria. De origem tupi-guarani, “piá” era a forma utilizada pelas mães indígenas para chamar carinhosamente seus filhos e filhas e significa “coração”. “Piá”, de Alex Soares abre caminhos para a percepção de uma identidade mestiça carregada de afeto, no melhor sentido do tão sonhado Brasil, que se une e se define a partir das diferenças.
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