Quase tudo pronto para o voo de paramotor sob o comando de Fernando Fernandes. As equipes de apoio, em todas as áreas do Parque Nacional do Iguaçu, distribuíram-se e seguiram para suas bases de apoio, logo após a primeira chamada, às 5 da manhã.

LÁ NO CÉU, OS PRIMEIROS PILOTOS COMEÇARAM A CIRCULAR PARA PEGAR ALTURA. EM TERRA, EU ACOMPANHAVA OS AVENTUREIROS COM UM OLHO NO CÉU E OUTRO NA TELA DO CELULAR, PARA MONITORAR EM TEMPO REAL A LOCALIZAÇÃO DO FERNANDO E DA EQUIPE DE PILOTOS QUE O ACOMPANHAVA JÁ NO AR. TODOS OS PILOTOS E EQUIPE DE APOIO ESTAVAM INTEGRADOS AO GRUPO DE LOCALIZAÇÃO AÉREA.

Para quem olhava a distância como eu, aquele dia de fevereiro estava propício para voo. Mas não era o que informavam os técnicos da modalidade de voo, depois de consulta à torre de controle aéreo da fronteira.

O PRIMEIRO DIA DA MISSÃO, APESAR DAS INSISTENTES TENTATIVAS, NÃO OFERECEU AS CONDIÇÕES SEGURAS PARA O VOO. O VENTO CONTRÁRIO SEGUIU NO DIA SEGUINTE, COM CHUVA E QUEDA DE TEMPERATURA. A SEMANA INTEIRA FOI DE IDAS, VINDAS E EXPECTATIVAS NA REGIÃO DO PARQUE.

Voos interrompidos. Missão fevereiro encerrada. Grupos de apoio desmobilizados. Todas as possibilidades haviam sido esgotadas. Grupos se despedem e prometem uma nova data, uma nova missão.

Chega o mês de março, com suas águas volumosas no Iguaçu e seus ventos favoráveis. O grupo se reorganiza e são retomadas as tentativas, um mês depois das primeiras. Entre um intervalo de tempo, a torre do aeroporto internacional informa que, depois do voo das 6h, o espaço aéreo estaria liberado para os “homens-pássaros” com seus grandes ventiladores.

OS PONTINHOS NO MAPA DE LOCALIZAÇÃO CONQUISTARAM A MATA, SOBREVOARAM O RIO IGUAÇU E GANHARAM AS CATARATAS DO IGUAÇU EM VOOS CIRCULARES, PARA CIÚME DOS PÁSSAROS, QUE PARECIAM OBSERVAR AQUELE COLORIDO VIVO E PULSANTE NO CÉU DAS CATARATAS, AINDA ADORMECIDAS NAS PRIMEIRAS HORAS DO DIA.