Justiça determinou que ela cumpra prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Decisão ainda impede contato da mãe do menino Henry Borel com pessoas que não sejam parentes ou sua defesa. O Ministério Público informou que vai recorrer.

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, deixou a cadeia na noite desta terça-feira (5). Uma decisão judicial da 2ª Vara Criminal permitiu que ela fosse solta, mas determinou medidas cautelares.

Monique ficará em prisão domiciliar e terá que usar tornozeleira eletrônica – terá cinco dias para comparecer para a instalação do equipamento. Ela não poderá voltar para a antiga residência.

Ela também está proibida de conversar com qualquer pessoa, exceto parentes e advogados. E não pode fazer postagens em redes sociais.

A decisão substitui a prisão preventiva por monitoração eletrônica de Monique, mas mantém Jairinho, o padrasto do menino Henry, preso.https://c4b94b42e4579f90c0aaf4ef8009944f.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Em seu texto, a juíza Elizabeth Machado Louro manifesta preocupação com ameaças sofridas por Monique dentro da cadeia e diz que a manutenção da prisão “não favorece a garantia da ordem pública”.

Ainda segundo a decisão, “fica, ainda, vedada à ré Monique, enquanto perdurar a monitoração, qualquer comunicação com terceiros – com exceção apenas de familiares e integrantes de sua defesa -, notadamente testemunhas neste processo, seja pessoal, por telefone ou por qualquer recurso de telemática, assim também postagens em redes sociais, quaisquer que sejam elas, sob pena de restabelecimento da ordem prisional”.

Individualização de conduta

A juíza ainda escreveu que a acusação não imputa utilização de “violência extremada” por Monique e que “não há nos autos nenhuma indicação de que a requerente tenha visto sequer qualquer dos atos violentos”. Portanto, segundo a decisão, a soltura de Monique individualiza sua conduta “para fins de avaliar a necessidade ou não de manter a prisão cautelar nos termos em que foi decretada no início do processo”.

Mas a decisão da juíza contraria recomendação do Ministério Público. O promotor Fábio Vieira dos Santos disse que Monique não poderia ser beneficiada pela medida porque, segundo o MP, ela é uma das responsáveis pela morte do seu próprio filho Henry Borel. O MP informou que vai recorrer.

G1