Todos concordamos que os problemas de travessia nas balsas de Guaratuba exigiam uma solução imediata, antes mesmo de se elucidar suas causas. Porém quando vemos a BR Travessias ser “arrancada” do ferry boat após vencer uma licitação que durou dois anos e cumprir todas as exigências legais, tem-se a certeza de que há entrada de água na embarcação comandada por quem tomou a decisão de afastar a empresa na calada da noite. E surge a pergunta: “Quem ou quais interesses verdadeiramente estão por traz desta decisão”
Dois pesos
Quando assumiu a situação, a BR Travessias se deparou com um monte de sucata flutuante que não passava por manutenção há pelo menos dez anos. Somado á este custo que não estava previsto, surgem os hiper aumentos do combustível. Os marinheiros passaram a reivindicar – de forma justa – o que lhes era prometido há anos e não cumprido. A BR Travessia pediu ao Governo do Estado que revisse as planilhas. Não houve revisão. Ao contrário, sem qualquer comprovação de que não estariam cumprindo com o comprometido na licitação, a BR Transportadora foi arrancada por decreto, antes mesmo de sua publicação no diário oficial. Um peso, uma medida.
A empresa beneficiada pela ação arbitrária está recebendo além desta revisão da planilha de custos, também a manutenção antes negada e oferecida á empresa que verdadeiramente venceu o processo licitatório. Outro peso, com medida descabida.
Entre o céu e a terra
Há mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa van filosofia possa imaginar. E ficamos imaginando se verdadeiros as conversas off nas redações de que a empresa Internacional Marítima tem mesmo relação com a família de Roseane Sarney, com denúncia do Ministério Público Federal em um episódio de 2013 também envolvendo concessão pública. E qual grupo seria o beneficiado com tantas benesses nas novas condições desta concessão após a ação arbitrária?
Por Carlos Roberts – jornalista