Prefeito Chico Brasileiro e ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, assinaram autorização para publicação nesta terça-feira, 14


O ministro Joaquim Leite (Meio Ambiente) e o prefeito Chico Brasileiro assinaram nesta terça-feira (14), a autorização para o edital da nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu. O ato, com o ministro Gilson Machado (Turismo) e técnicos do BNDES e ICMBio, encerra os debates com as cidades do entorno e os interessados na defesa da unidade de conservação.

“É uma alegria para Foz do Iguaçu e municípios lindeiros, por este momento especial, esperado e precedido de um trabalho técnico e de alta relevância”, disse Chico Brasileiro. O prefeito reconheceu a condução dos trabalhos que resultaram na confecção do novo edital de licitação. “Toda a discussão teve uma ampla participação nas audiências públicas com as divergências normais de um processo democrático”, disse.

De acordo com o ministro Joaquim Leite, a licitação do Parque Nacional do Iguaçu servirá como modelo para outras unidades de conservação. O edital, elaborado com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), deve ser publicado até quinta-feira (16), com a expectativa de movimentar até R$ 400 milhões em investimentos.

A nova concessionária terá que realizar uma série de investimentos em até cinco anos, que devem resultar em mais de 300 intervenções como trilhas, instalações e outras, em diversas regiões da unidade de conservação. De acordo com os técnicos do BNDES e ICMBio, foram recebidas 217 contribuições nas duas audiências públicas em Foz do Iguaçu e Céu Azul.

Avanços

Entre os temas atendidos estão a implementação do ingresso para lindeiros, brasileiros e moradores do Mercosul, formalização da entrada de operadores de turismo, destinação de recursos para divulgação do destino e do parque, construção do centro de memória de Santos Dumont e reforma do batalhão da polícia ambiental

As obrigações socioambientais incluídas provêm apoio às ações de educação, comunicação e interpretação ambiental, a projetos de integração com o entorno, plano e pesquisas, ações de manejo de espécies, de monitoramento, programa de voluntariado, capacitação técnica e de gestão e ações de divulgação institucional do parque.

O prefeito Chico Brasileiro destacou as discussões no processo de formatação do edital possibilitaram a participação das comunidades lindeiras ao parque. “Estamos plenamente satisfeitos com este processo. Temos algumas questões de recursos que os municípios buscam, e isto é legítimo, e estamos trabalhando com o Congresso Nacional, porque é algo apartado de tudo isto”.

Importante que todo o processo tenha seu início, afirmou o prefeito. “E que consigamos em breve, um grande êxito nesta licitação, até porque Foz do Iguaçu teve uma experiência, diria que antes da concessão e depois da concessão”, ressaltou Chico Brasileiro, em referência a atual concessão iniciada na década de 1990.

Turismo mundial

“Antes da concessão éramos pequenos no turismo, aliás, mais conhecidos como turismo de compras. E hoje somos reconhecidos como um dos maiores ativos turísticos do Brasil, reconhecidos internacionalmente como um grande destino, o segundo em estrangeiros no Brasil”, afirmou.

O prefeito lembrou que até 2019, aproximadamente 40% dos turistas de Foz do Iguaçu eram estrangeiros. “E isto é importantíssimo para o país, para o desenvolvimento regional”, frisou.

Os investimentos previstos na licitação, na avaliação de Chico Brasileiro, serão fundamentais para Foz do Iguaçu e municípios lindeiros darem “um salto no turismo como um todo e representando muito bem o quadro nacional no exterior”.

O prefeito destacou ainda o empenho das equipes do Parque Nacional do Iguaçu, do ICMBio e do BNDES. “Realmente, foi uma experiência muito rica. Foz do Iguaçu é uma cidade que cresceu muito no seu PIB (Produto Interno Bruto) e melhorou seus indicadores sociais (após a concessão)”.