Proposta dividia recurso da iluminação, permitindo aplicar também em sistema de monitoramento voltado à segurança
O plenário rejeitou, na sessão da última segunda-feira (15/09), por 9 votos contrários e 6 favoráveis, o projeto de Lei Complementar 13/2025, que permitia o uso dos recursos da Contribuição para Custeio, Expansão e Melhoria do Serviço de Iluminação Pública para outra finalidade como utilização em Sistemas de Monitoramento para Segurança e Preservação de Logradouros Públicos – COSIP. Como o projeto foi rejeitado na primeira discussão, a matéria foi arquivada.
Segundo justificativa encaminhada pela Prefeitura juntamente ao projeto, a proposta era ampliar a finalidade da contribuição para incluir não apenas a iluminação pública, mas também sistemas de monitoramento voltados à segurança e preservação de logradouros públicos.
O líder do Executivo na Câmara, vereador Cabo Cassol (PL), falou em defesa da matéria:
“Esse projeto é de extrema importância. Nós que somos da segurança enxergamos que a tecnologia é fundamental. Essa proposta faz com que a contribuição da iluminação pública possa custear também a colocação de câmeras de segurança em frente a escolas, hospitais, praças, tenhamos câmeras de segurança”.
Os vereadores que se posicionaram favoravelmente ao projeto defenderam o uso de recursos para segurança pública. Já os que se manifestaram contrariamente à matéria criticaram a separação da verba, sustentando que a Lei Orçamentária Anual já prevê recursos financeiros para a área da segurança pública.
O vereador Soldado Fruet ponderou: “O recurso da taxa do Cosip também será investido na segurança de nossa cidade, para instalação de câmeras de reconhecimento facial que serão implantadas em Foz”.
O vereador Adnan El Sayed (PSD) pontuou:
“Todos os incidentes causados pela falta de segurança parece que estão se ampliando. Mas não se trata de falta de recursos, nós temos a Lei Orçamentária Anual que prevê verba para segurança”. A vereadora Yasmin Hachem (PV) disse: “O projeto não aumenta recurso nenhum, ele divide recurso. O recurso que era para ser da iluminação pública seria dividido em tecnologia, monitoramento, com segurança. Não é que essas áreas não sejam importantes, mas não confio nessa gestão que não tem organização, planejamento, para entregar esse recurso que já é de fato da iluminação pública, área que também não está perfeita na cidade. Meu voto nas comissões foi contrário a esse projeto”.
O vereador Evandro Ferreira (PSD) também pontuou:
“Temos uma central de monitoramento, a cidade está sendo monitorada, temos 360 câmeras ativas, implantamos isso há anos. Estamos com dificuldade de combater o crime. Aí vamos tirar o dinheiro da iluminação para colocar na questão da segurança?”
Foram 9 votos não e 6 votos sim.
Foto: Iluminação Br277