Iniciativa do Governo Federal foi apresentada nesta sexta-feira (19), durante o 1º Fórum Municipal da População em Situação de Rua de Foz do Iguaçu.

Foto: Thiago Dutra/PMFI

Foz do Iguaçu pode se tornar uma das primeiras cidades do Brasil a aderir ao programa “Moradia Primeiro”. A iniciativa do Governo Federal que visa garantir o acesso imediato a uma moradia segura foi apresentada nesta sexta-feira (19), durante o 1º Fórum Municipal da População em Situação de Rua.

Conforme detalhou Carlos Ricardo, representante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a medida tem como objetivo possibilitar que moradores de rua em situação crônica consigam uma residência já nos primeiros atendimentos e passem por acompanhamento. 

“O Moradia Primeiro ainda não se tornou uma política pública, mas estamos trabalhando e o apresentando aos municípios para que tenhamos projetos-piloto. Ele altera o modo que o atendimento é feito atualmente, em que a moradia é a última etapa. Garantir esse direito é priorizar um trabalho mais amplo”, disse.

“A nossa intenção é que esse projeto seja replicado em Foz. Temos nossas iniciativas de acolhimento que são feitas para que essa população tenha autonomia, além de oferecer diversos programas que os atendem e protegem”, destacou Dayse Bortoli, diretora de Proteção Social da Secretaria de Assistência Social. 

Espaço aberto

O fórum foi realizado no Centro de Convivência do Idoso, na Praça da Bíblia, para se tornar um espaço aberto também aos moradores de rua, que puderam ouvir e participar dos debates. 

Larissa Borges, coordenadora do Consultório na Rua, responsável pela organização do evento, pontuou que o formato permite que os agentes públicos também ouçam as necessidades.

“Desde o início, pensamos em permitir essa troca entre todos os envolvidos. Queremos também mostrar que eles possuem espaço, saibam em quais locais podem buscar o serviço de acolhimento e permitir que eles nos demandem isso”, ressaltou.

O público em situação de vulnerabilidade pôde ainda receber agasalhos, alimentação e ouvir orientações médicas. “Um espaço de escuta como esse serve para reafirmar os direitos e discutir as políticas públicas que precisam ser cada vez mais amplas. O Consultório na Rua é um ótimo exemplo de trabalho e que pode ser efetivo, desde que tenha uma atuação integrada”, afirmou a secretária de Saúde, Jaqueline Tontini.

Órgãos envolvidos

Participaram ainda as Secretarias de Direitos Humanos, Esporte e Lazer,  Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu – Fozhabita, Conselho Municipal de Saúde, Defensoria Pública do Paraná e Vigilância em Saúde.