Dados de 2021/2022 mostram que Foz do Iguaçu está em nova epidemia de dengue; CCZ segue atuando para a diminuição de casos

Foto: Thiago Dutra/PMFI.

A partir de agosto, o Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue inicia o acompanhamento do novo ano epidemiológico 2022/2023. No próximo mês, o Centro de Controle de Zoonoses irá realizar o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).

Jean Rios, coordenador do Programa de Vetores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), explica que com o levantamento será possível saber quais são os bairros mais críticos em relação à dengue e quais receberão as ações de controle do vetor.

“Com essas informações, podemos fazer o cruzamento dos bairros com maior infestação e incidência de notificações, ou seja, pessoas que apresentaram sintomas e procuraram as Unidades Básicas de Saúde. Por meio do mapa de calor, vamos direcionar as equipes do CCZ para ações que competem ao órgão”, detalhou.

De acordo com os dados sobre a situação da doença e da infestação do vetor no município, apresentados na reunião do comitê na última quarta-feira (27), Foz do Iguaçu registrou epidemia de dengue pelo quarto ano consecutivo. Foram mais de 15 mil casos notificados e 1.447 confirmados durante o ano epidemiológico 2021/2022. 

Trabalhos de prevenção

Os agentes de saúde continuam visitando as residências para a verificação dos criadouros do mosquito, além da busca ativa de pessoas com suspeita da doença. As demais ações de fiscalização ocorrem em pontos estratégicos, como empresas de ferro-velho, depósitos de reciclagem, borracharias, cemitérios, terrenos baldios e imóveis abandonados.

Outra importante estratégia empregada é a instalação de estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), armadilha que consiste em um pote plástico com água recoberto de tecido preto com o larvicida em pó. Ao entrar em contato com material, a fêmea do mosquito se contamina com o larvicida e dissemina o produto para outros criadouros onde distribui seus ovos.