Os incêndios ambientais que estão sendo registrados nas províncias argentinas de Corrientes e Misiones, e parte da região de Assunção, no Paraguai, está afetando a qualidade no extremo oeste paranaense, na fronteira entre os dois países.
A maior parte dos incêndios acontece em Corrientes, onde já queimou mais de 520 mil hectares de área rural, o equivalente a 5,88% do território da província. Com o tempo seco, a fumaça atravessa as fronteiras e já causa danos a saúde da população dos países vizinhos.
Desde o último domingo, os moradores de Foz do Iguaçu estranham a neblina que paira pela cidade, dando a impressão de troca de estação, mesmo com temperaturas ainda próximas aos 40°C. O tempo seco a baixa humidade é uma alerta à saúde.
“Vamos torcer para que chova, essa é a nossa única esperança, a única coisa pode mudar a nosso favor, da natureza e para a biodiversidade”, disse David Rodríguez, chefe do Bombeiros Voluntários da cidade argentina de San Luis del Palmar, onde 3,8 mil pessoas trabalham no combate às chamas.
O meteorologista Eduardo Mingo, analisa que com a falta e chuva nesta parte do continente, a fumaça deverá permanecer pelos próximos dias. “É uma espécie de mistura de muitas condições. estamos em um ambiente muito seco e tivemos a entrada de uma frente fria seca, principalmente no sul do país. Essa condição antecede o que vem depois, que é essa condição de quantidade de fumaça, um ambiente muito pesado que tem está além das nossas fronteiras”, disse o especialista.
O médico pneumologista José Fusillo, do Paraguai, orienta a população sobre os cuidados com a contaminação do ambiente devido a fumaça. Uma das maneiras de proteção são as máscaras que evitam que partículas sejam inaladas.
“Na medida do possível, ficar em ambientes fechados e usar a máscara. Estamos em um dos piores dias do ano em termos de atmosfera. Se você puder ter uma máscara KN95, melhor, o ambiente é pesado e grosso. Recomendamos evitar até que pelo menos este seja menos denso o ar para se exercitar, principalmente os de alta intensidade”, disse.
Radio Cultura Foz