Roteiro de visitas foi idealizado pela Secretaria de Assistência Social e marcou a volta dos grandes eventos realizados para os idosos.
Após quase dois anos longe dos amigos e das divertidas atividades diárias, dona Maria Joaquina, de 73 anos, não escondeu a alegria de poder voltar a sair de casa com tranquilidade. Ela e os amigos que frequentam Centro de Convivência do Idoso Afra Roth, em Foz do Iguaçu, passaram a última semana visitando os atrativos turísticos da cidade.
“Desde que começou a pandemia eu não visitei mais nenhum atrativo e não fiz nenhum passeio. Foi tudo de bom, parece até que fiquei mais leve depois de um período tão complicado, que nos deixou com muito medo”, conta.
Aproximadamente 200 idosos participaram dos passeios pelas Cataratas do Iguaçu, Itaipu Binacional, Parque das Aves, Marco das Três Fronteiras, além do Museu de Cera e Movie Cars.
O roteiro que contemplou as grandes paisagens da fronteira foi idealizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Secretaria de Turismo e Projetos Estratégicos, em alusão ao mês do idoso, celebrado em outubro.
“Tínhamos há algum tempo esse desejo de realizar um evento em grande estilo para os idosos. Tivemos essa oportunidade a partir das parcerias que firmamos também com os atrativos turísticos, que de braços abertos aceitaram e proporcionaram uma grande experiência”, relata o secretário de Assistência Social, Elias Souza.
Energias renovadas
Para Maria Aparecida, 71, visitar os atrativos em Foz já era algo comum, por sempre acompanhar os parentes que a visitavam. Mas assim como a colega Maria Joaquina, desde o começo da pandemia ainda não havia retornado a nenhum passeio. Agora com as três doses em dia, o convite não poderia ser recusado.
“Ir para as Cataratas foi como uma renovação de alma. Me senti até mais jovem”, brincou. “É muito bom poder voltar a sair, conviver com meus amigos da mesma idade, espairecer e deixar para trás isso tudo que aconteceu”, completa.
O seu Jônatas Gomes, 72, conta que matou a vontade de finalmente poder estar em contato com outras pessoas e retornar à vida que tinha. “Eu praticamente não saia de casa e me fazia muita falta, nem ao shopping eu ia, porque eu sabia dos riscos e queria me proteger. Agora eu me sinto seguro. Tudo foi muito divertido, até no caminho dentro do ônibus o pessoal estava alegre, rindo, conversando. Foi muito bom”, afirmou.
Volta gradual
De acordo com o coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CCI, William César de Castro, os trabalhos presenciais começaram a ser retomados aos poucos, desde julho, com as aulas de ginástica, alfabetização, pilates, dança cultural, jogos lúdicos, coral, artesanato e roda de chimarrão.
Durante a pandemia, com a suspensão das atividades, os idosos foram acompanhados por ligações telefônicas e também por visitas domiciliares, quando identificada alguma fragilidade. As visitas foram feitas por uma educadora e uma assistente social.
Além disto, também foi mantido o projeto de alfabetização de forma remota. O conteúdo pedagógico elaborado pelos professores era entregue no domicílio dos alfabetizandos.
“Estamos num processo de retomada gradual, felizes em rever nossos usuários, foi um momento difícil para todos nós, mas graças a Deus já estamos no processo de retomada das atividades, imprescindíveis para saúde física e mental dos idosos.” afirma Castro.
Fotos: Welyton Manoel/PMFI