São quase dez toneladas de produtos variados entregues semanalmente para a cooperativa que realiza a distribuição para as escolas e CMEIs
Foto: Thiago Dutra/PMFI.
Antes de chegarem aos pratos dos mais de 25 mil alunos da rede municipal de ensino, cada alimento é tratado com cuidado e zelo pelos produtores da agricultura familiar de Foz do Iguaçu. O cultivo dos alimentos nas lavouras permite que as crianças tenham uma alimentação saudável e produtos sempre frescos, com quase dez toneladas das entregues semanalmente.
Américo Wandscheer produz e distribui milho e mandiocas. Todo o processo é feito por ele de forma quase artesanal, desde o plantio à separação. Com a renda que obtém por meio da destinação aos produtos para a merenda dos alunos do Município, consegue manter e até mesmo expandir a produção.
“Vender somente no mercado informal não seria muito viável, então o programa nos ajuda muito a sobreviver. Nos programamos sempre para entregar o que é necessário e não deixar faltar nada. Com a expansão, conseguimos melhorar o trabalho, usando mais recursos e ganhando mais”, contou.
Todos os produtos passam pela Cooperativa da Agricultura Familiar. São pães, legumes, verduras e tubérculos, sempre conferidos pela equipe antes de embarcarem nos caminhões que os levam para as escolas, centros de educação infantil, centros de convivência e instituições conveniadas.
A presidente da cooperativa, Luci Andreghetti, explica o papel central da instituição nesse contato entre a Prefeitura e os 170 produtores. “Se o produto é produzido em Foz, a Prefeitura faz questão de comprá-lo, ou seja, não é somente adquirir a quantidade mínima, mas garantir que mais produtores sejam beneficiados”, destacou.
Aumento no investimento
Com o objetivo de ampliar essa parceria, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Educação, vai investir R$ 5,2 milhões ao ano em uma nova chamada pública para a compra dos alimentos. O valor é 80% maior em comparação com o último contrato, cujo investimento foi de R$ 2,9 milhões.
O prefeito Chico Brasileiro conta que em 2021 a prefeitura investiu R$ 16 milhões com a alimentação dos alunos. Somados aos R$ 3 milhões repassados pelo Governo Federal, os gastos foram em merenda escolar, transporte dos alimentos e mão de obra das cozinheiras.
“Foi preciso corrigir o valor do repasse segundo a inflação para tornar o valor mais justo e digno para esses produtores. Também estamos aumentando a demanda de produtos que serão comprados, sempre pensando no bem estar dessas crianças que irão receber comida de qualidade”, garantiu o prefeito Chico Brasileiro.
Agricultores familiares, empreendedores rurais e organizações podem entregar a documentação necessária para a inscrição e o projeto de venda até o dia 19 de julho, às 9h, na sede da Secretaria da Educação, no Complexo Bordin (Avenida JK, nº 3.225 – sala 28).
Alimentação escolar
As refeições servidas aos alunos da rede municipal são elaboradas pelas nutricionistas da Secretaria da Educação e atendem ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem como objetivos a formação de hábitos saudáveis, o crescimento e o desenvolvimento da criança e a segurança alimentar e nutricional.
As escolas de atendimento parcial ofertam uma refeição por dia aos alunos, enquanto para o período integral, são três refeições. Nos Cmeis de período parcial, são ofertadas duas refeições por dia e para os de período integral, são quatro.
Os alunos que frequentam a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) recebem no período noturno o jantar. Os Centros Escola Bairro também fornecem lanches aos alunos, 01 refeição por período. Em 2021, a prefeitura investiu R$ 16,3 milhões com a alimentação dos alunos.