Programa desenvolvido em parceria com a Prefeitura cadastra famílias para acolhimento temporário de crianças e adolescentes afastadas de seus lares por medida de proteção
A Associação Fraternidade Aliança (AFA) está com um novo chamamento aberto para pessoas e famílias interessadas em acolher, temporariamente, crianças e adolescentes afastadas de seus lares por medidas de proteção, aplicadas pelo Conselho Tutelar ou Poder Judiciário.
As famílias acolhedoras devem residir em Foz do Iguaçu, ter disponibilidade para participar dos processos de seleção, capacitação e acompanhamento e não ter interesse em adoção. Também é necessário ser maior de 25 anos.
O Programa Família Acolhedora é realizado pela AFA através de termo de colaboração com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. Os atendimentos tiveram início em 2013 e desde então já foram acolhidas mais de 215 crianças e adolescentes nesta modalidade.
Atualmente, 27 crianças e adolescentes estão acolhidos em 21 famílias acolhedoras e outras 63 vivem em casas lares. Apesar de ter superada a meta nacional estabelecida para o ano de 2025, Foz do Iguaçu ainda não conseguiu garantir o acolhimento para todas as crianças na primeira infância, de 0 a 6 anos.
“Hoje, cerca de 20 crianças de 0 a 6 anos estão institucionalizadas e não em acolhimento familiar porque não temos famílias para acolhê-las. Por esse motivo, abrimos um novo chamamento as famílias interessadas, principalmente aquelas que possam acolher bebês e crianças”, explica Suzane Amorim, gestora da AFA.
Após a apresentação dos documentos, é agendado pela AFA um atendimento presencial, com visita domiciliar, atendimento psicológico e capacitação. “Não há necessidade de ser uma família, se uma pessoa (maior de 25 anos) tiver interesse e disponibilidade, ela pode se cadastrar”, enfatiza Suzane.
O acolhimento é uma medida de proteção, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, para crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem. Esta medida é excepcional e provisória, e não deve ultrapassar 18 meses. Existem três modalidades de acolhimento por medida de proteção, e o acolhimento em família acolhedora é uma dessas.
Paraná
O Paraná se destaca no cenário nacional como o estado com o maior número de famílias acolhedoras – dos mais de 500 municípios do País que adotam esse modelo para receber crianças e adolescentes em situação de risco social, mais de 100 são paranaenses.
No Brasil, das 30 mil crianças que estão em situação de acolhimento, apenas 7% estão em famílias acolhedoras, as demais estão em abrigos e instituições.
“O acolhimento em ambiente familiar visa propiciar um atendimento mais humanizado e prevenir os efeitos da institucionalização, aos quais as crianças na primeira infância são particularmente vulneráveis”, explica a coordenadora do programa Família Acolhedora, Euni Rodrigues.
A frente do projeto desde 2016, Euni afirma que nos últimos sete anos, mais de 90% das crianças que passaram pelo acolhimento familiar e retornaram às suas famílias de origem/extensa não precisaram ser afastadas novamente.
“Um dos maiores receios de quem se propõe a ser uma família acolhedora é o medo do apego durante o acolhimento e do desapego quando chegar o momento de se despedir da criança e/ou adolescente, mas o nosso serviço dispõe de todo apoio necessário em prol da família acolhedora, sempre ressaltando a importância do afeto e da proteção na vida daquela criança”, afirma.
Informações sobre o Programa Família Acolhedora podem ser obtidas através do telefone 45 99829-0050 (WhatsApp)
@familiaacolhedorafoz
https://fraternidadealianca.org.br/