Reforma do espaço será executada através de um termo de conversão de área, assinado hoje pelo prefeito Chico Brasileiro; obra deve ser entregue no aniversário de 110 anos do município, em junho de 2024

Localizado na Praça Getúlio Vargas, o prédio da antiga Câmara de Vereadores será transformado em um equipamento cultural e de memória, com salas para exposições, galeria de artes, auditório e espaços para oficinas do projeto Foz Fazendo Arte.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28) pelo prefeito Chico Brasileiro e o diretor presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, em um ato simbólico com a presença de artistas locais, representantes da cultura, secretários e vereadores no auditório da Fundação.

O projeto de reforma do prédio foi elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos e será executado através de um Termo de Conversão de Área (TCA). O procedimento administrativo, regulamentado em fevereiro deste ano, permite que loteadoras executem obras de interesse do Município em processos de parcelamento do solo para fins urbanos, agilizando projetos em benefício à população. A obra deve começar em até 60 dias e ser entregue até junho de 2024, para marcar o aniversário de 110 anos de Foz do Iguaçu.

“Tínhamos dez pedidos para uso deste imóvel, mas ele não poderia ser destinado para outro fim, se não este, de cultura, arte e patrimônio. Nossa decisão é pela preservação da memória de Foz do Iguaçu, tendo em vista que é um prédio histórico, um prédio central, e através deste modelo de conversão de área pretendemos fazer outras obras de equipamentos culturais”, disse o prefeito Chico Brasileiro.

O prédio, inaugurado em 1972, terá sua imagem recuperada do projeto original. O local abrigou a Câmara de Vereadores até dezembro de 2000 e depois foi sede da Secretaria de Turismo, Diretoria de Assuntos Internacionais, Procuradoria do Município e a Diretoria de Saúde Ocupacional.

“A proposta geral do projeto é de recuperar, sobretudo, a esplanada no piso superior, permitindo a circulação de pessoas. Entre o forro e a cobertura do antigo plenário (parte cônica) foi encontrada uma janela de iluminação zenital, cuja função deverá ser resgatada para garantir uma iluminação cênica no espaço”, explicou o secretário de Planejamento, Andrey Bachixta.

De acordo com o presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, o prédio abrigará um equipamento de cultura voltado às artes visuais. “Teremos exposições de artistas locais e queremos captar exposições de outras cidades do Brasil e também do exterior. Teremos as salas de aula para as oficinas do Foz Fazendo Arte, além dos espaços administrativos”, comentou. A ideia, segundo ele, é que o local seja um novo atrativo turístico da cidade. “Já estamos trabalhando junto com a Secretaria de Turismo essa proposta, já que o local será aberto a visitantes”.

O antigo plenário da Câmara dará lugar a um auditório com 60 lugares para apresentações culturais. Também haverá espaço para um acervo artístico e uma sala para o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural – CEPAC.

A obra tem um valor estimado em R$ 1 milhão e será executada pela empresa BDGE Empreendimentos Imobiliários. Este será o oitavo projeto no modelo de conversão de área.

Homenagem

Durante o ato simbólico, com grande presença dos artistas locais, arte-educadores e representantes da cultura, o prefeito Chico Brasileiro foi presenteado com uma obra de arte, intitulada “O Estado entre Laços da Cultura”.

De autoria de André Crevi, a obra expressa a relação essencial entre os poderes do estado e a preservação da cultura e arte. Através de traços marcantes e cores vibrantes, a obra retrata a harmoniosa união entre governo e expressão cultural, evidenciando como o estado protege e fomenta a casa da arte para o benefício de uma sociedade progressista e consciente. A narrativa visual ressalta a importância da sinergia entre natureza, cultura e governança, refletindo a visão única de Crevi sobre essa interligação fundamental.

Foto: Thiago Dutra/PMFI